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O CRISTÃO E O NATAL

  

  

 

 

 

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VIVENDO A FÉ EM TEMPOS DE CONFLITO
VIVENDO A FÉ EM TEMPOS DE CONFLITO

ISRAEL, AS NAÇÕES E A IGREJA

VIVENDO A FÉ EM TEMPOS DE CONFLITO

A história que começou com Abraão, Isaque e Ismael não terminou nas páginas de Gênesis. Ela atravessou séculos, moldou povos, religiões e territórios, e continua ecoando de forma intensa no mundo em que vivemos hoje. Mas diante de tantos conflitos, guerras, discursos políticos e disputas religiosas, surge uma pergunta inevitável: como o cristão deve olhar para tudo isso?

Vivemos em uma era em que as informações chegam rápido, mas nem sempre com discernimento. Conflitos antigos são frequentemente interpretados apenas por lentes políticas ou ideológicas, como se fossem apenas disputas territoriais ou interesses econômicos. No entanto, as Escrituras nos ensinam que as guerras e contendas humanas têm raízes mais profundas — raízes espirituais, morais e internas. A Bíblia afirma que os conflitos nascem no coração humano, marcado pelo pecado, pelo orgulho e pelo desejo de domínio.

Ao longo da história, Israel ocupou um lugar singular no plano de Deus. Foi por meio desse povo que Deus revelou Sua Lei, levantou profetas e preparou o caminho para a vinda do Messias. Essa escolha, porém, nunca teve como objetivo exaltar uma nação acima das outras de forma definitiva, mas servir a um propósito maior: abençoar todas as famílias da terra. As promessas feitas a Abraão sempre apontaram para algo além da terra e da etnia — apontavam para redenção.

Com a vinda de Jesus Cristo, a história alcança seu ponto central. Nele, judeus e gentios são convidados a fazer parte de um novo povo, não definido por sangue, território ou linhagem, mas pela fé. A Igreja nasce como uma comunidade espalhada entre as nações, chamada não para dominar politicamente, mas para testemunhar espiritualmente. O seu papel não é empunhar armas, mas anunciar reconciliação. Não é alimentar ódio, mas proclamar a paz que vem de Deus.

Diante dos conflitos envolvendo Israel e as nações ao seu redor, muitos se perguntam se esses acontecimentos estão ligados aos últimos dias. A Bíblia, de fato, fala sobre guerras, rumores de guerras e tempos difíceis. Mas Jesus faz um alerta importante: esses sinais não devem gerar pânico, nem especulação irresponsável. Antes, devem despertar vigilância, perseverança e fidelidade. O foco do cristão nunca foi decifrar datas, mas permanecer firme na fé, vivendo o amor, a verdade e a justiça.

Orar pela paz de Jerusalém, como ensinam as Escrituras, não significa apoiar violência ou injustiça. Significa clamar para que Deus traga paz verdadeira — uma paz que não nasce de acordos frágeis, mas da transformação do coração humano. Significa interceder por judeus, árabes, palestinos, cristãos e todos os que sofrem as consequências do ódio e da guerra. Onde há vidas sendo destruídas, o Evangelho nos chama à compaixão.

No meio de tantas narrativas conflitantes, a Igreja precisa lembrar quem ela é. Ela não pertence a um bloco político, nem a uma ideologia nacional. Ela pertence a Cristo. Seu compromisso não é com a guerra, mas com o Reino de Deus. Seu chamado é ser sal e luz em um mundo ferido, apontando para a esperança que não falha.

A história de Isaque e Ismael nos ensina que conflitos mal resolvidos podem atravessar gerações. Mas o Evangelho nos ensina algo ainda mais poderoso: em Cristo, Deus está reconciliando consigo o mundo. Essa é a mensagem que permanece atual. Essa é a missão que continua urgente.

Enquanto as nações guerreiam, a Igreja proclama paz.

Enquanto o mundo se divide, o Evangelho convida à reconciliação.

Enquanto a história humana parece se repetir em ciclos de dor, Deus continua escrevendo Sua história de redenção.

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