Os irmãos Alex e Stephen Kendrick, criadores de filmes elogiados no meio cristão, afirmaram que a motivação de seu trabalho cinematográfico não é o reconhecimento de Hollywood, mas capacitar a Igreja para cumprir seu propósito missional.


Ao criar filmes, como Mais Que Vencedores a Quarto de Guerra, os irmãos Alex e Stephen – ambos ordenados ao ministério pastoral – visam um objetivo mais nobre do que alcançar uma estatueta do Oscar: “Jesus disse que a Igreja é o sal da Terra e a luz do mundo, e Deus alcançará o mundo por meio de uma Igreja revivida, rendida e unificada”, disse Alex.

“Antes de dizermos ao mundo: ‘você precisa trabalhar em seu casamento’, nós, dentro da Igreja, precisamos estar alinhados com as Escrituras e sob o Senhorio de Jesus. Quando entregamos um aspecto de nossas vidas ao Senhorio de Jesus, Ele pega essa mentalidade mundana que geralmente é distorcida e quebrada e nos leva à desordem, ao caos e à confusão, e Ele nos leva de volta à Sua boa, agradável e perfeita vontade em cada área de nossas vidas”, acrescentou o pastor.

Alex Kendrick é o diretor do novo filme que escreveu em parceria com o irmão, Stephen, chamado A Forja, que deverá estrear nos cinemas brasileiros em 19 de setembro. Para ele, cada novo longa-metragem é uma chance de mostrar o Evangelho aos descrentes de uma forma didática:


“Deus nos deu uma oportunidade por meio do filme de levar as melhores mensagens do mundo… podemos ajudar o mundo, podemos ser uma bênção e ser o sal na luz para a qual Jesus nos chamou. Sabemos que nossos filmes não têm como objetivo ganhar o Oscar. Não estamos interessados nisso. Queremos ir atrás dos corações, mentes e vidas dos espectadores porque o amor desejará o melhor de Deus para eles em todas as áreas de suas vidas”, explicou.

Discipulado

O novo filme da dupla abrange assuntos como discipulado, orientação e oração, conceitos que a dupla diz ter explorado profundamente durante a produção: “Oramos sobre a direção do nosso próximo filme depois do nosso último projeto”, disse Stephen Kendrick.

“Deus claramente nos apontou para o discipulado. Nós dois somos ministros ordenados e, embora já estivéssemos familiarizados com o conceito, mergulhar mais fundo nele impactou a nós, nossa equipe e nosso elenco. Seguir Jesus e torná-lo a principal prioridade é profundo. Abraçar a escritura que diz: ‘negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-o’ é muito para processar. Isso significa que algo tem que morrer para honrar o Senhor com nossas vidas”, enfatizou Stephen.

Outro conceito presente em A Forja é a importância da liderança masculina e da mentoria; conceitos que vêm sendo alvo de ataques que visam desconstruir a importância da figura do homem na família e sociedade. O filme mostrará a mudança do personagem principal ao longo dos anos, consequência da orientação de homens mais velhos que investem em sua vida, compensando a ausência do pai.

“O design de Deus é perfeito. Homens e mulheres se complementam, como duas asas em um avião. Em Quarto de Guerra, mostramos uma mulher mais velha e piedosa orientando uma jovem. Em A Forja, exploramos como é quando um homem orienta um jovem… queríamos que os ‘Paulos’ orientando os ‘Timóteos’ fossem modelados em um contexto moderno neste filme, e achamos que não poderia vir em melhor hora”, comentou Alex.

Ministério

Os irmãos Kendrick, que têm seis filhos cada, são conhecidos por criar filmes que falam sobre os problemas mais urgentes da sociedade. A dupla iniciou sua jornada cinematográfica fundando a produtora Sherwood Pictures, que serviu como um ministério de uma Igreja Batista sediada em Albany, Geórgia.

Desde então, eles lançaram uma série de filmes baseados na fé, incluindo Mais que VencedoresDesafiando GigantesÀ Prova de Fogo e Corajosos.

Quarto de Guerra, filmado com um orçamento de US$ 3 milhões, foi lançado pela Sony em pouco mais de 1.500 cinemas nos Estados Unidos, e arrecadou US$ 27,9 milhões apenas nos dois primeiros finais de semana de exibição, totalizando US$ 74 milhões de bilheteria no mundo todo.

Agora, com o filme A Forja, Alex Kendrick disse que ele e seu irmão esperam ajudar a Igreja a “se reconectar espiritualmente com Deus, se render completamente a Ele e fazer com que suas vidas sejam importantes para Sua glória”.

“Também queremos ajudá-los em seus relacionamentos mais importantes, seus casamentos, seu relacionamento com os filhos. Neste filme, você vê isso em ação naquele contexto e como isso pode impactar a família e a cultura ao seu redor”, finalizou, de acordo com informações do portal The Christian Post.