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Definição

A auto existência significa que Deus existe por Si mesmo, não depende de nada ou ninguém para existir, pois Ele é a fonte de toda vida. Diferente da criação, que é dependente, Deus é independente.

Base Bíblica

# Êxodo 3:14 – “Eu Sou o que Sou.”

# João 5:26 – “Assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo.”

# Atos 17:24-25 – “Ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas.”

Perspectiva Reformada

Confissão de Fé de Westminster 2.2: “Deus tem em si mesmo, e de si mesmo, toda a vida, glória, bondade e bem-aventurança; é suficiente em si mesmo, não tendo necessidade de nenhuma das criaturas que fez, nem tirando delas glória alguma, mas somente manifestando a sua glória nelas, por elas, para elas e sobre elas.”

A teologia reformada destaca que a criação não acrescenta nada ao ser de Deus. Ele criou o mundo não por necessidade, mas por livre vontade, para manifestar a Sua glória.

Reflexão Bíblico-Teológica

Enquanto nós dependemos de Deus para existir e respirar (Atos 17:28), Deus é absolutamente independente, e isso nos mostra que Ele é o Criador e não a criatura (Romanos 11:36). Portanto, Sua auto existência é a base para compreendermos todos os outros atributos, ou seja, porque Ele existe por Si mesmo, Ele pode ser eterno, imutável, soberano e onipotente.

Implicações Práticas

Humildade: Precisamos reconhecer que somos dependentes de Deus em tudo, por isso, devemos ter uma vida de comunhão e oração diária com Deus, onde reconhecemos a nossa total dependência d’Ele.

Adoração: Devemos Louvar a Deus por Sua grandeza e glória, tendo a compreensão que nosso serviço a Deus não acrescenta nada a Ele, mas que O servimos porque Ele é digno de receber.

Confiança: Se Ele é autoexistente, nossa vida então está segura n’Ele e não em coisas passageiras. Por isso, nos momentos de dificuldades devemos nos lembrar que Deus não precisa de recursos humanos para agir em nosso favor.

Conclusão

A auto existência de Deus nos coloca em nosso devido lugar como criaturas totalmente dependentes do Seu Criador. Esse atributo nos chama à reverência, à confiança e a uma vida que reconhece que “dele, e por ele, e para ele são todas as coisas” (Romanos 11:36).

Definição

A eternidade de Deus significa que Ele não tem começo nem fim. Ele existe fora das limitações do tempo, mas age dentro da história para cumprir Seus propósitos.

Enquanto a criação é marcada pelo “antes” e “depois”, Deus é o eterno “agora”. Ele é o mesmo “ontem, hoje e para sempre”.

Base Bíblica

Salmo 90:2 – “Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus.”

Apocalipse 1:8 – “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.”

Isaías 57:15 – “Assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade: o qual tem o nome de Santo...”

Perspectiva Reformada

Confissão de Fé de Westminster 2.1: “Há somente um Deus vivo e verdadeiro, que existe em e de Si mesmo, infinito em Seu ser e perfeição, um espírito puríssimo, invisível, sem corpo, membros ou paixões; imutável, imenso, eterno, incompreensível, todo-poderoso, sapientíssimo, santíssimo, totalmente livre e absolutamente soberano.”

A teologia reformada entende que:

O tempo é uma criação de Deus (Gênesis 1:1).

Deus está acima do tempo, mas age dentro dele para realizar Sua vontade.

Sua eternidade garante que Seus decretos são perfeitos e imutáveis.

Reflexão Bíblico-Teológica

Deus não está sujeito ao tempo como nós. Ele é o “EU SOU” (Êxodo 3:14), presente eterno.

Ele vê toda a história de uma só vez — passado, presente e futuro estão igualmente diante d’Ele (Isaías 46:9-10).

Sua eternidade não é apenas quantidade de tempo sem fim, mas uma qualidade de existência perfeita e plena.

Implicações Práticas

Segurança: Nosso Deus eterno não se desgasta, não envelhece, não muda (Isaías 40:28-31).

Aplicação: Quando tudo ao nosso redor parece instável, confiamos no Deus que permanece o mesmo.

Esperança: A vida eterna prometida ao crente está enraizada no próprio ser eterno de Deus (João 17:3).

Aplicação: A morte não é o fim para os que estão em Cristo, porque Ele é eterno e nos dá vida eterna.

Adoração: A eternidade de Deus nos leva a reverenciá-Lo.

Aplicação: Em nossas orações e cânticos, devemos lembrar que louvamos Aquele que é de eternidade a eternidade.

Exemplo Bíblico Prático

Abraão: Quando Deus fez a promessa a Abraão (Gênesis 17:7), Ele disse que seria Deus dele e de sua descendência “para sempre”. Essa promessa só faz sentido porque o Deus que prometeu é eterno.

Apocalipse: O consolo da Igreja perseguida é que o Deus eterno está no trono e reinará para sempre (Ap 11:15).

Conclusão

A eternidade de Deus nos lembra que Ele é firme, imutável e transcendente. Quando olhamos para o mundo passageiro, somos chamados a confiar no Deus que nunca terá fim. Por isso, Moisés declarou: “Tu és o nosso refúgio de geração em geração” (Salmo 90:1).